terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Luta contra o aumento da passagem, agora no ABC

A ANEL (Assembleia Nacional dos Estudantes-Livre) convoca ato contra o aumento da passagem para o dia 02/03, às 17h, em frente à Prefeitura de Santo André.

A tarifa de ônibus aumentou em várias cidades do país. No ABC Paulista, as prefeituras aliadas às grandes empresas de transporte urbano, aproveitaram o recesso escolar para aumentar, praticamente na surdina, a tarifa do transporte público. O trem e o trolebus tiveram um reajuste de R$ 2,65 para  R$ 2,90. Em São Bernardo do Campo o ajuste foi de 16% e em São Caetano, de 20%. Diadema e Santo André também aumentaram o valor da tarifa em 12% e 9,4%, respectivamente.
Já é mais do que comprovado: aumento na passagem é lucro do burguês. A passagem aumenta, mas não há melhoria na qualidade do transporte público e tampouco melhorias na remuneração ou qualidade de vida dos trabalhadores da área como motoristas, cobradores, fiscais, dentre outros. O salário mínimo ganha um aumento irrisório enquanto o valor do transporte público é reajustado, em algumas cidades, acima da inflação.
É por estes motivos que a ANEL convoca os trabalhadores, estudantes e população em geral para participarem do ato para barrar o aumento da passagem, que acontecerá no dia 02 de Março, às 17h, em frente à Prefeitura Municipal de Santo André.

Luta que se estende à reivindicação pelo Passe Livre

A ANEL, juntamente com outros movimentos sociais, compreende que o transporte público totalmente estatal e gratuíto aos usuários é condição para que outras políticas públicas e serviços sociais sejam verdadeiramente acessíveis à população.
É desnecessário dizer que enquanto a passagem de ônibus custar R$ 3,00, como em São Paulo, a educação, a saúde, o lazer e a cultura não se constituírão serviços acessíveis a todos. Com isto, percebemos que o aumento na passagem se constitui mais um fator de exclusão para a população pobre, que mora em bairros distantes dos grandes centros, em núcleos habitacionais que não contam com saneamento básico e serviços sócio-assistênciais de qualidade.
O Movimento Passe Livre defende que o transporte público seja pago com o dinheiro de impostos progressivos, ou seja: o usuário não deve ser cobrado, devendo ocorrer uma taxação progressiva sobre propriedades e grandes riquezas. Quem deve pagar pelo transporte público, portanto, é o burguês e não o trabalhador.
Nós como assistentes sociais, devemos abraçar esta luta também.

TODOS AO ATO DO DIA 02 DE MARÇO, ÀS 17H, EM FRENTE À PREFEITURA DE SANTO ANDRÉ.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Repressão policial ao ato contra o aumento da passagem: um assistente social foi gravimente ferido



Nesta última quinta feira, 17, aconteceu mais um ato contra o aumento da passagem de ônibus na cidade de São Paulo. Mais uma vez, a policia reprimiu covardemente os manifestantes. Tudo começou quando os estudantes queimaram uma catraca simbólica em frente ao prédio da Prefeitura Municipal de São Paulo, onde estavam concentrados. A partir dai, a tropa de choque foi chamada, montando uma barreira para que não houvesse invasão no prédio. Alguns manifestantes quebraram a barreira e a policia respondeu com balas de borracha e gás lacrimogênio, espancando também vários manifestantes.
Enquanto o bicho pegava nas ruas, dentro da prefeitura, seis estudantes estavam acorrentados às catracas que davam acesso aos andares superiores, em um ato heróico.
A manifestação ocorreu após uma reunião marcada com o Secretário adjunto de Transportes de São Paulo, Pedro Luiz de Brito Machado, que não compareceu.
O Assistente Social, servidor público de São Paulo e militante do PCB, Vínicius, foi brutalmente espancado por cerca de 8 policiais no momento do protesto, que além do Movimento Passe Livre, é organizado por vários movimentos sociais. Neste momento, ele está internado no Hospital do Servidor Público e fará cirurgia.
Eu, Luciana, me expresso por meio deste post repudiando a atitude arbitrária da policia facista paulistana e me solidarizo com o companheiro Vinícius.
Saúdo também aos companheiros que se acorrentaram nas catracas, protestando de forma legítima e pacífica até às 23h30min, horário que saíram do prédio da Prefeitura. Vale lembrar que dos seis militantes que se acorrentaram: 2 eram homens e 4, mulheres.
Que seja aberto um inquérito contra os policiais que agrediram Vinícius, para que os mesmos sejam punidos.
Basta Kassab ditador!!!!
Basta de Estado Policial!
Não queremos mais a Lei da Mordaça, única lei que vigora na cidade de São Paulo.
Todo apoio ao companheiro Vinícius!

Continuemos nas ruas contra o aumento!!!!!!!!!

As mensagens de solidariedade ao companheiro Vinícius devem ser encaminhadas ao email: marxista82@yahoo.com.br.